domingo, 17 de maio de 2009

Meu Monteiro Lobato


Durante minha infância, na escola, não lembro de minha professora contando histórias. A cartilha era o principal instrumento didático que norteada as aulas, e as suas leituras eram chatas e sem sentido.

Mas, lembro que minha família contava-me muitas histórias, em sua maioria, contos folclóricos como a Lenda do Boto, a do Saci-pererê, da Matinta Perêra, etc. Outra história que ouvia muito, e gostava, era de João e Maria. E como não poderia ser diferente, eu acreditava em todas elas...

Já a partir dos meus 11, 12 anos é que tive contato com livros de histórias infantis, alguns de Monteiro Lobato com boas histórias, que sempre me divertiam, mas, isso aconteceu quando comecei a frequentar a biblioteca da cidade onde morava(São Domingos do Capim-Pa), pois até então, não lia histórias, apenas ouvia.

Posso dizer que tive vários "Monteiros Lobato", que me fizerem gostar de ler a partir dos contos orais, que foram os meus irmãos, meus pais e minha querida avó Anice (em memória), que desta, lembro-me ter ouvido certa vez uma história de uma princesa dentro de um barril, lançado em alto mar... , essa em especial eu gostei muito, pena que não recordo todo seu desenrolar e nem seu nome.

Me pergunto por que ainda hoje as escolas não trabalham com a literatura infantil e quando trabalham, utilizam-na apenas como forma de entretenimento, desvalorizando seu potencial formador, e estimulador do gosto pela leitura, que por sua vez desperta a imaginação e criatividade.

Um comentário:

  1. Wilma!
    Gostaria muito de ouvir também a história da princesa contada por sua avó. Que bom que você conserva essa boa lembrança. Ouvir contos da vovó. A escola se preocupa mais em didatizar do que encantar, provocar o deleite, o fruir imaginativo e criador.
    Com vocês assim animados, a tendência é evoluir, não é mesmo?

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